A Coordenação Estadual de Imunização começa a recolher, neste sábado (28), a vacina oral da poliomielite bivalente (VOPb), que ficou popularmente conhecida como vacina da gotinha.
Vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES), está cumprindo o plano nacional do Ministério da Saúde, que substituirá a vacina de gotinhas pelo imunizante inativado da poliomielite (VIP), que é injetável.
Conforme a coordenadora estadual de Imunização da SES, Ana Paula Goldfinger, pesquisas indicaram que o esquema vacinal injetável é ainda mais seguro.
“A VOPb utilizava o vírus vivo para promover a proteção; já a VIP conta com o vírus atenuado, reduzindo a chance de um evento adverso ou reação à imunização”, comenta Ana Paula.
Por meio de reunião remota (online), os responsáveis pela pasta da saúde dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul receberam instruções acerca do recolhimento das doses de gotinha.
“Haverá a coleta das doses em todos os municípios, num processo rigoroso de segurança biológica. Por ter o vírus vivo, a VOPb precisa ser descartada de maneira correta para evitar riscos e contaminações no solo. Após todas as doses serem devolvidas à Rede Frio, nós enviaremos ao PNI (Programa Nacional de Imunizações) para o descarte correto”, explica.
A partir da próxima segunda-feira (30), a imunização contra pólio em todo o Estado será com a VIP.
Enquanto isso, a nível nacional, o Ministério da Saúde inicia a aplicação no dia 4 de novembro.
A VIP será ministrada em três doses, e a de reforço terá apenas um ciclo aos 15 meses.
Criado nos anos 1980, o Zé Gotinha é um personagem que marca a luta contra a poliomielite, mas ao passar dos anos também entrou em campo também para alertar sobre a prevenção de outras doenças imunopreveníveis, como o sarampo.
Desta forma, mesmo com a retirada da vacina de gotinha da poliomielite, o Zé Gotinha continuará trabalhando em prol da imunização.
No início de 2024, o mascote da imunização venceu o prêmio oferecido às melhores figuras do universo digital na categoria Brand Persona, do iBest.
O personagem já atuou diversas vezes para mobilizar e incentivar a vacinação, o que, segundo o Ministério, surtiu resultados positivos, com crescimento da cobertura vacinal de 13 dos 16 principais imunizantes do calendário infantil em 2023, no comparativo com 2022.
** Colaborou Glacuea Vaccari