O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta terça-feira, 29, que a revisão dos gastos públicos, aguardada pelo mercado, “não tem uma data”.
A declaração ocorreu após uma série de reuniões com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ocorridas no Palácio no Planalto ao longo desta semana.
Não tem uma data, ele que vai definir. Mas a gente está avançando a conversa, estamos falando muito com o Planejamento também”, declarou Haddad para jornalistas.
O ministro explicou que a Fazenda está realizando cálculos para “fazer uma coisa ajustadinha”.
Haddad e Lula deverão se encontrar novamente na quarta-feira, 30.
No dia 15 de outubro a ministra do Planejamento, Simone Tebet, declarou que “chegou a hora de levar a sério a revisão de gastos”.
Na última segunda-feira, 28, Tebet reafirmou a necessidade de um pacote de cortes e disse que “tem que ser rápido” pois o governo “tem pressa”.
O mercado esperava o anúncio da revisão de gastos após as eleições municipais.
O aumento do rombo das contas públicas, da dívida pública e as curvas de juros em alta estão aumentando a percepção da urgência dessas medidas por parte do mercado financeiro.
O governo tem como objetivo um déficit fiscal zero em 2024. Todavia, para fazer frente ao aumento dos gastos públicos o Executivo está tentando aumentar a arrecadação.
O mercado financeiro reagiu negativamente às declarações de Haddad sobre o corte de gastos.
O Ibovespa, que tinha começado o dia em território positivo, passou para o negativo está prestes a fechar em queda de 0,34%.
O dólar, por sua vez, acelerou sua alta após as falas do ministro Haddad, superando os R$ 5,76.