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Boicote ao Carrefour: o Brasil decide dar o troco  Le

Por: Alexandre Garcia

Redação
Por: Redação Fonte: Gazeta do Povo
25/11/2024 às 11h29
Boicote ao Carrefour: o Brasil decide dar o troco  Le
Alexandre Garcia analisa a resposta brasileira ao boicote francês| Foto: EFE/Miguel Ángel Gayo

Está sendo mobilizado no Brasil um boicote contra o Carrefour. E não é apenas nas lojas do Carrefour, mas afeta também outras marcas do grupo, o que dá um total de 546 lojas.

Eu vejo o presidente da Frente Parlamentar de Agricultura, o deputado Pedro Lupion (PP-PR), apoiando isso; a Federação de Hotéis, Bares e Restaurantes do Estado de São Paulo (Fhoresp) apoiando isso; o governador de Mato Grosso pedindo isso... E por quê?

Porque o Carrefour da França, a matriz, pregou um boicote à carne brasileira em suas lojas no país europeu: “Não vamos mais comprar carne brasileira”. 


O Brasil exporta para a França uma ninharia: 40 mil toneladas de carne in natura. Isso dá dois milésimos do total que exportamos. Eu acho que o nosso principal comprador talvez seja a China.

A alegação da França é protecionismo, mas o pretexto é dizer que "os pecuaristas brasileiros derrubam a floresta amazônica". O pretexto é conversa fiada, então o Brasil está dando o troco. “Ok, não querem a nossa carne, não terão a nossa carne – nem na França, nem no Brasil!” É uma boa resposta. 

Neste domingo (24), o chefe de governo da França, o Emmanuel Macron, publicou no X – e vejam só, olha a importância do X: é usado por chefes de Estado para fazer declarações para o mundo. Ele postou no X dizendo que não vai assinar o acordo com o Mercosul, porque seria muito ruim para a França. 

Milei está projetando a Argentina nos trilhos certos. E quanto ao Brasil?

Argentina e Israel assinaram um acordo. O presidente Javier Milei estava presente, o embaixador de Israel estava presente, e a Câmara de Comércio Argentina-Israel estava presente. O acordo é para a defesa do país mais ameaçado do mundo, um acordo de economia, política e combate ao terrorismo.

É a Argentina estreitando relações com o país mais ameaçado do mundo e se situando como defensora do mundo ocidental, da nossa cultura judaico-cristã. E o Brasil, onde é que está na sua política externa? Contra Israel e do lado do Irã, que quer varrer Israel do mapa, do Jordão ao Mediterrâneo.

É incrível! Nós estamos contra nossas próprias raízes ocidentais e judaico-cristãs. Porque Israel é o fulcro de tudo - do Velho e do Novo Testamento e da cultura que se expandiu pela Europa: a cultura do cristianismo, que saiu de Belém, de Jerusalém.

Enfim, Milei segue projetando a Argentina. 

Regularização de terras na Amazônia

E só para encerrar, quero lembrar que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) iniciou a Semana da Regularização Fundiária na Amazônia. Tomara que seja verdade, porque o que tem até agora é exatamente o oposto disso: a expulsão via força policial de pessoas assentadas lá, trabalhadores brasileiros, pobres, que trabalham, que plantam, que criam e estão sendo expulsos depois de terem sido assentados.

Será que vão regularizar? Eu fico em dúvida. Gostaria que sim, porque a Amazônia só é nossa se ela for ocupada por nós, brasileiros, de qualquer etnia: indígena, cearense, paraibano, seja lá o que for. Como Plácido de Castro, que veio do Rio Grande do Sul e fez do Acre um pedaço boliviano que se tornou brasileiro. 

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