Pouco mais de um mês após o muro do lateral do Estabelecimento Penal Masculino de Ponta Porã ‘Ricardo Brandão’, desabar, o espaço permanece coberto com estruturas de zinco. Nesta segunda-feira (9), a Agesul (Agência de Gestão de Empreendimentos) informou que a situação está sendo tratada.
O muro desabou no dia 6 de novembro. Na ocasião, o Sinsap-MS (Sindicato dos Agentes Penitenciários de Mato Grosso do Sul), disse à reportagem do Jornal Midiamax que o desabamento poderia ter sido evitado e que informou sobre o risco.
Segundo o Sinsap-MS, pedidos de reforma foram registrados desde 2023 e inspeções realizadas no local indicavam preocupação em relação à estrutura.
Na manhã desta segunda-feira, servidores penais voltaram a criticar a situação. Segundo eles, a estrutura de zinco, improvisada, não garante a segurança do local. “É uma unidade de fronteira. O presidio é lotado, além disso, tem mais de 17 facções na cidade”, pontua um servidor que preferiu não se identificar.
O servidor ainda manifesta preocupação em relação a um novo desabamento. “Tem risco iminente de cair o resto do que sobrou do muro. Só basta uma chuva mais forte para o restante do muro cair”, observa.
À reportagem, a Agesul diz que a situação do muro do Presídio de Ponta Porã já está sendo tratada e que encaminhou uma planilha com os dados necessários à Agepen-MS (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário).
“Encaminhamos a planilha com os dados necessários à Agepen, que deve oficializar o processo em breve. Após essa etapa, a obra será realizada em caráter emergencial para garantir a segurança e a normalidade no local”. Questionada sobre a situação, a Agepen confirma que a planilha foi enviada pela Agesul na manhã de hoje.
Sobre os custos com a obra, a Agesul afirma que “os valores relacionados ainda estão em análise interna e dependem da oficialização do processo pela Agepen”.
Em relação à segurança, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário ressalta que realiza “manutenção da ativação constante da torre de vigilância do presídio pela Polícia Penal, além de apoio da Polícia Militar e da Guarda Municipal, com rondas ostensivas regulares na unidade prisional”.