Em julho de 2024, a Venezuela passou por uma eleição que deveria definir o futuro presidente do país. O ditador Nicolás Maduro foi declarado vencedor, mas sem a apresentação de dados detalhados das urnas. O candidato da oposição, Edmundo González, contesta os resultados e afirma ter vencido o pleito.
Nesta sexta-feira, 10, Maduro tomou posse para seu terceiro mandato. O Tribunal Supremo de Justiça, que tem influência direta do ditador, colocou os documentos da eleição em sigilo. A oposição, porém, apresentou atas eleitorais que comprovariam a vitória de González com 67% dos votos.
A repercussão internacional foi significativa, com diversas nações não reconhecendo a reeleição de Maduro. Dez países manifestaram apoio a González e o consideraram presidente eleito. São eles:
Outras 19 nações pediram mais transparência no processo eleitoral venezuelano. Esses não reconheceram oficialmente nenhum dos candidatos como vencedor, mas exigem maior clareza na divulgação dos resultados. São eles:
Em contrapartida, pelo menos 20 países reconheceram a reeleição de Maduro, a maioria são ditaduras. Entre eles estão:
Durante uma entrevista à RedeTV, em novembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou a situação política na Venezuela. O petista declarou que o ditador não é um “problema” do Brasil, mas, sim, do país vizinho.
O presidente brasileiro afirmou que cabe à população venezuelana administrar seu governo e que o Brasil deve evitar interferir nos assuntos internos de outras nações.
“Aprendi que a gente tem que ter muito cuidado quando a gente vai tratar de outros países e de outros presidentes”, disse o petista. “Acho que o Maduro é um problema da Venezuela, não é um problema do Brasil.”