Ex-presidentes do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul), os conselheiros afastados Waldir Neves Barbosa e Iran Coelho das Neves se tornam réus em mais um processo de corrupção, acusados pelos crimes de lavagem de capitais e fraude em licitação.
Desta vez, o juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, da 1ª Vara Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, aceitou denúncia do MPMS (Ministério Público de MS) em ação por improbidade administrativa que pede a devolução de R$ 100 milhões por fraude ao contrato com a empresa Dataeasy.
Vale ressaltar que Waldir e Iran estão afastados do cargo, juntamente com Ronaldo Chadid, desde dezembro de 2022, por corrupção, quando a PF (Polícia Federal) deflagrou a Operação Terceirização de Ouro. Desde então, os três também permanecem sob monitoramento de tornozeleira eletrônica.
Assim, em decisão proferida na quinta-feira (30), o magistrado ressalta que depoimentos de testemunhas e a juntada de provas documentais reforçam os crimes citados. “Instruída referida peça com documentos que contém indícios suficientes da veracidade dos fatos“, destacou.
Então, admitiu a denúncia e determinou o trâmite da ação. “Citem-se os requeridos para apresentarem contestação no prazo comum de 30 dias“, determinou o juiz.
Além dos dois conselheiros afastados, também se tornaram réus o sobrinho – e assessor – de Waldir, Willian das Neves Barbosa Yoshimoto e o ex-diretor administrativo do TCE-MS, Parajara Moraes Alves Júnior. Veja os demais acusados: