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Servidores da UFMS cobram reajuste do governo federal em ato

Professores e técnicos administrativos fazem manifestação nesta terça-feira (11) para cobrar reajuste salarial

Redação
Por: Redação Fonte: https://correiodoestado.com.br/
10/03/2025 às 17h57
Servidores da UFMS cobram reajuste do governo federal em ato
Servidores da UFMS cobram reajuste do governo federal em ato - Marcelo Victor / Correio do Estado

Cerca de nove meses após fechar acordo com o governo federal, servidores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) irão realizar um ato nesta terça-feira (11), em frente ao Moreninho.

A professora Mariuza Guimarães, presidenta da Associação de Docentes da UFMS (Adufms), explicou que, embora a divulgação tenha mencionado paralisação, por enquanto será apenas uma passeata, que sairá do Moreninho e seguirá até a pró-reitoria da UFMS.

A mobilização foi aprovada durante a Assembleia Geral pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Sista-MS) e pela Associação de Docentes da UFMS (Adufms).

Alinhamento
No entanto, a professora Mariuza destacou que não houve avanço nas negociações e que o reajuste salarial previsto para 2025 e 2026 não foi cumprido.

“Foi assinado um acordo de reajuste de 9% a partir de 1º de janeiro. Entretanto, em razão da não aprovação da LOA pelo Congresso, esse reajuste não foi cumprido”, explicou Mariuza e completou:

“Existem outras questões, como ajustes na carreira, reenquadramento de aposentados e mudanças de normativas para garantir a isonomia entre universidades e institutos federais, além de outras demandas que não foram cumpridas na íntegra”.

Pressão no governo Lula
Com isso, é a segunda vez que os servidores da educação iniciam protesto durante no "governo Lula 3", a reportagem questionou a professora Mariuza, o motivo de não ter ocorrido durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Sobre isso, a educadora pontuou que aí reside a “diferença entre um governo democrático e um governo autoritário”.

“Em um governo democrático, é possível fazer movimentos sem ameaças e sem intimidações. Mas, de qualquer forma, não se pode dizer que nós não fizemos movimentos durante o governo Bolsonaro. Não fizemos greves, mas realizamos uma série de mobilizações. Fomos às ruas, lutamos contra as reformas e tentamos dialogar com o governo Bolsonaro. Entretanto, nenhuma das nossas solicitações foi atendida, nem mesmo as demandas protocoladas ou a solicitação de reunião tiveram resposta”, pontuou.

Crédito: Gerson Oliveira / Manifestação dos estudantes durante governo BolsonaroCrédito: Gerson Oliveira / Manifestação dos estudantes durante governo Bolsonaro

Como no caso em que estudantes ocuparam o bloco 6 da UFMS contra o projeto do governo do então presidente Jair Bolsonaro. E também, em 2019, que as ruas de Campo Grande foram tomadas em protestos contrários a cortes na educação. 

No dia 1º de maio de 2024, como acompanhou o Correio do Estado, os docentes aderiram à greve nacional que reivindica a recomposição salarial ao nível da inflação.

A negociação com o governo federal durou até meados de julho, quando os professores e servidores técnicos administrativos aceitaram a proposta do governo federal.

Aulas normais
Embora o ato esteja programado, a presidente da Adufms explicou que as aulas seguirão normalmente. Ainda conforme o coordenador do Sista, Lucivaldo Alves dos Santos, nenhum serviço sofrerá qualquer tipo de paralisação.

 

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