O dólar fechou em alta nesta segunda-feira (10), refletindo a preocupação dos mercados globais com a possibilidade de uma recessão nos Estados Unidos, em meio às tarifas comerciais impostas pelo presidente Donald Trump. A incerteza econômica levou os investidores a buscarem ativos mais seguros, o que impulsionou a moeda norte-americana.
Em entrevista à Fox News no domingo (9), Trump afirmou que “detesta” prever o futuro da economia, mas não descartou uma recessão e um aumento de preços como efeito colateral das políticas tarifárias de seu governo. “Isso leva um pouco de tempo”, declarou o republicano.
No Brasil, os investidores aguardam a divulgação de importantes indicadores econômicos ao longo da semana, incluindo dados sobre produção industrial, setor de serviços e inflação. O relatório Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira, elevou a projeção da inflação para 2024 de 5,65% para 5,68%, distanciando-se ainda mais da meta de 4,5% para 2025.
O Ibovespa, principal índice da B3, seguiu o clima de cautela no mercado internacional e encerrou o dia em queda de 0,41%, aos 124.519,38 pontos. Apesar do ajuste, a desvalorização foi menor que a registrada em Nova York, onde o Nasdaq despencou 4,00%. Durante o pregão, o índice brasileiro oscilou entre 123.471,46 e 125.031,30 pontos, registrando um volume financeiro de R$ 20,3 bilhões.
Com a desvalorização desta segunda-feira, o Ibovespa acumula alta de 1,40% no mês e avança 3,52% no ano.