A Frente Parlamentar Católica divulgou nesta segunda-feira (10) uma nota oficial em defesa da liberdade religiosa e da livre manifestação de fé no Brasil, após as recentes críticas ao Frei Gilson. Conhecido por sua postura contrária a pautas progressistas, como a agenda de gênero e a legalização do aborto, além de ter reunido mais de um milhão de fiéis na madrugada no Rosário on-line, o religioso enfrenta reações negativas de setores da esquerda.
Na nota, o presidente da Frente, deputado federal Luiz Gastão (PSD/CE), reitera ”o direito constitucional de líderes religiosos pregarem seus ensinamentos sem sofrerem censura ou perseguição”. De acordo com Gastão, “a pregação de Frei Gilson reflete a palavra de Deus expressa na Santa Bíblia e deve ser respeitada”.
“O Brasil é um país democrático, onde a liberdade de crença e culto é um direito fundamental assegurado pela Constituição Federal. Isso inclui a possibilidade de sacerdotes e ministros religiosos pregarem os princípios da fé que professam, sem que sejam perseguidos ou silenciados por suas convicções”, explicou.
Diante das perseguições e ofensas contra o sacerdote, o presidente da Frente reafirmou o compromisso com a “defesa da liberdade de expressão e da liberdade religiosa”. Ele reforça que é necessário assegurar que “qualquer cidadão - seja leigo, sacerdote ou líder religioso - possa professar e ensinar sua fé sem medo de censura ou represália”.
“Os ataques ao Frei Gilson em plena Quaresma configuram desrespeito a nossa Santa igreja e a todos nós cristãos. Continuaremos firmes no propósito de salvar almas e reparar o Sagrado Coração de Jesus tão difamado durante o Carnaval”, ressaltou o parlamentar.
“Ataques ideológicos”
Deputados de direita também saíram em defesa de Frei Gilson e manifestaram apoio público ao frei, destacando a importância da liberdade religiosa e do respeito às tradições cristãs.
A deputada Silvia Waiãpi (PL-AP) afirmou que as críticas a Frei Gilson fazem parte de um movimento para silenciar vozes cristãs no debate público. "Não podemos permitir que a liberdade religiosa seja cerceada por aqueles que desejam impor uma ideologia única à sociedade. Frei Gilson representa milhões de brasileiros que creem nos princípios da família, da fé e da moral cristã", declarou.
Na mesma linha, o deputado Sanderson (PL-RS) denunciou o que classificou como uma estratégia da esquerda para deslegitimar lideranças religiosas que se posicionam politicamente.
"Eles querem desacreditar qualquer voz que vá contra suas pautas. A guerra cultural está posta, e cabe a nós defendermos aqueles que têm coragem de falar a verdade", afirmou o parlamentar.
Já o deputado Rodrigo Valadares (União-SE) reforçou a necessidade de garantir a liberdade de expressão e proteger as lideranças religiosas de possíveis represálias.
"Enquanto a esquerda tenta desqualificar as lideranças religiosas conservadoras, a bancada de direita promete continuar defendendo o direito dos cristãos de manifestarem suas crenças sem retaliação", concluiu.
A mobilização de parlamentares de direita em defesa de Frei Gilson reflete a crescente tensão em torno de temas morais e religiosos no cenário político nacional, com a promessa de continuar a luta pela preservação dos valores cristãos no espaço público.