As presidências das comissões da Câmara dos Deputados devem ser definidas em meio a disputas entre partidos. Nesta terça-feira, 18, os líderes partidários se reúnem com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), para as negociações.
A previsão é que os deputados que vão presidir cada uma das comissões sejam anunciados oficialmente na quarta-feira 19, conforme a assessoria da presidência da Câmara.
Contudo, ao longo das últimas semanas, algumas siglas já protagonizam embates. É o caso da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (Creden), que deve ficar sob presidência do PL.
O PL quer o deputado Eduardo Bolsonaro (SP) como titular do colegiado. No entanto, partidos de esquerda, como PT e Psol, tentam barrar o nome do parlamentar.
Segundo fontes ouvidas por Oeste, as siglas aliadas ao governo querem “qualquer nome menos o de Eduardo” na Creden. Contudo, o PL não deve abrir mão da indicação do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) também deve ser alvo de disputa. Conforme acordo ainda na presidência de Arthur Lira (PP-AL), o União Brasil e o MDB seriam os partidos que iriam comandar o colegiado em 2025 e 2026, respectivamente.
Existe a possibilidade de o MDB assumir o mandato neste ano, no lugar do União. Todavia, o PL pode entrar na disputa — a legenda presidiu a CCJ no ano passado, com a indicação da deputada Carol De Toni (SC).
O PL ainda definiu como prioridades as comissões de Saúde, Segurança Pública e Minas e Energia. Esta última é um pedido direto do presidente da sigla, Valdemar Costa Neto.
Para a Comissão de Segurança na Câmara, o nome do partido é Paulo Bilynskyj (SP). O PL já preside esse colegiado no Senado Federal, com Flávio Bolsonaro (PL-RJ).