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Bolsas do mundo abrem em alta após recuo de Trump sobre tarifas a eletrônicos chineses

Redação
Por: Redação Fonte: Gazeta do Povo
14/04/2025 às 08h47
Bolsas do mundo abrem em alta após recuo de Trump sobre tarifas a eletrônicos chineses
Mercado vê que EUA está disposto a negociar a taxação que havia imposto sobre dezenas de países do mundo. (Foto: Ritchie B. Tongo/EFE)

As bolsas de valores operam em alta nesta segunda (14) após o presidente norte-americano Donald Trump recuar do tarifaço contra a China sobre produtos eletrônicos, no final de semana. A perspectiva do mercado financeiro é de que o governo dos Estados Unidos está disposto a negociar a taxação que havia imposto sobre dezenas de países do mundo.

Na Ásia, as principais bolsas fecharam as negociações com ganhos consideráveis, como a de Tóquio em alta de 1,18%, 2,4% em Hong Kong e 0,76% em Shangai.

Já na Europa, as operações também seguem em alta de 1,78% em Londres, 2,16% em Frankfurt e 1,87% em Paris, às 7h segundo a Reuters.

A expectativa é de que as bolsas das Américas também abram em alta às 10h, como a de Nova York e a de São Paulo.

Na última sexta (11), em meio ao vai-e-vem de decisões entre a China e os Estados Unidos, o mercado brasileiro fechou o dia com uma alta de 1,05% no Ibovespa – o principal índice da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo – e queda de 0,46% do dólar, cotado a R$ 5,87.

No domingo (13), Trump declarou que o governo americano avalia retirar os eletrônicos como smartphones, computadores e outros equipamentos da lista das chamadas tarifas recíprocas. Com isso, aparelhos celulares como iPhones e outros smartphones, majoritariamente fabricados na China, estariam isentos da tarifa de 145% aplicada ao país asiático, além da alíquota de 10% destinada à maioria dos outros parceiros comerciais.

Apesar da suspensão, Trump deixou claro que a medida não representa uma exceção definitiva.

“Esses produtos [chineses] estão sujeitos às tarifas de 20% sobre o fentanil existentes e estão apenas mudando para um ‘balde’ tarifário diferente”, afirmou.

Entre os itens que receberam isenção temporária estão 20 categorias de produtos, incluindo semicondutores, chips de memória e monitores de tela plana — itens que, segundo especialistas, não são fabricados em grande escala nos Estados Unidos e cuja produção doméstica exigiria anos de estruturação.

O Ministério do Comércio da China classificou o gesto como um “pequeno passo” e afirmou estar avaliando seus efeitos. Em nota oficial, o porta-voz do ministério cobrou mais ações de Washington.

“Instamos os Estados Unidos a tomarem medidas importantes para corrigir seus erros, eliminar completamente a prática errônea de tarifas recíprocas e voltar ao caminho certo do respeito mútuo”, pontuou.

A isenção, porém, é temporária. Segundo o secretário do comércio, Howard Lutnick, a decisão visa garantir tempo para fortalecer a produção interna americana de setores estratégicos.

“Precisamos fabricar produtos nos Estados Unidos e não seremos reféns de outros países, especialmente nações comerciais hostis como a China, que fará tudo ao seu alcance para desrespeitar o povo americano”, concluiu Trump.

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