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Para vencer os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro na disputa pelo Senado em 2026, o PT cogita se unir até mesmo com partidos considerados de “centro-direita”. A ideologia ficará abaixo do pragmatismo, diz informação do portal UOL.
O objetivo do PL, de Bolsonaro, é eleger ao menos 30 senadores entre as 54 vagas em disputa — duas por Estado. O PT, por sua vez, decidiu adotar uma linha realista para conter o avanço da direita.
Na avaliação do partido, uma maioria conservadora no Senado pode fazer avançarem pautas como a cassação de ministros do Supremo Tribunal Federal e dificultar a aprovação de nomes para agências reguladoras e de diplomatas.
O PT lançará candidatos próprios nos Estados onde houver chance de vitória. Nos demais, buscará alianças. “Onde houver viabilidade, o PT terá candidato. Onde não houver, vamos trabalhar com a busca por alianças”, disse o presidente interino da sigla, Humberto Costa.
De olho nesse cenário, o partido iniciou os preparativos para 2026. O Grupo de Trabalho Eleitoral já está ativo, mesmo sendo tradicionalmente criado apenas no ano da campanha.
A legenda ainda não definiu o número de candidatos. O partido aguarda a conclusão de um estudo sobre o cenário em cada Estado, prevista para este mês. O PT aposta na recuperação da imagem do presidente até 2026 para ampliar sua bancada.
O Sul é a região mais desafiadora. No Nordeste, o partido vê um ambiente mais favorável, apesar da queda de popularidade de Lula na região.
Humberto Costa afirma que a pauta econômica e social do governo federal estará no centro da campanha. A definição das propostas a serem destacadas, no entanto, ainda depende do estudo interno e de novas discussões na legenda.
