Os analistas do mercado financeiro estimam que a inflação deste ano será de 5,44%, ainda acima do teto da meta de 4,5%, de acordo com dados do Relatório Focus divulgado nesta segunda (9).

O boletim semanal elaborado pelo Banco Central com agentes do mercado apontam uma queda de 0,02 ponto percentual do estimado na semana passada e de 0,07 do apurado há um mês (veja na íntegra).

Apesar da queda, o boletim aponta uma inflação ainda alta e que pode ser pressionada pelo recente aumento da conta de luz que passou para a bandeira vermelha patamar 1 neste mês de junho. Por outro lado, a queda do preço da gasolina, na semana passada, por ajudar a reduzir um pouco o impacto.

Embora a inflação de 2025 ainda esteja acima do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a dos próximos anos já voltará aos limites, segundo estimam os agentes do mercado financeiro:

• 2025: 5,44%;
• 2026: 4,5% (topo da meta);
• 2027: 4%;
• 2028: 3,85%.

Já o crescimento da economia brasileira medido pela variação do PIB (Produto Interno Bruto), aponta um aumento de 0,05 ponto percentual na comparação com a semana passada e deve chegar a 2,18%. Também se estima uma alta no ano que vem:

• 2025: 2,18%;
• 2026: 1,81%;
• 2027: 2%;
• 2028: 2%.

Os demais índices apurados pelo Banco Central junto ao mercado seguem estáveis nesta semana. O câmbio do dólar, por exemplo, prevê uma cotação média de R$ 5,80 para este ano, R$ 5,89 para 2026 e R$ 5,80 para 2027 e 2028.

Também não ocorreram alterações na expectativa pela taxa de juros, que seguem:

• 2025: 14,75%;
• 2026: 12,5%;
• 2027: 10,5%;
• 2028: 10%.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne na próxima semana para atualizar a Selic, que deve ser mantida no atual patamar de 14,75% ao ano, embora alguns analistas esperem uma elevação para 15%.