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Violência contra a mulher bate recorde no Brasil em 2024

Dados divulgados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública mostram as taxas de crimes e do combate a eles no país; confira

Redação
Por: Redação Fonte: Revista Oeste
11/06/2025 às 09h07
Violência contra a mulher bate recorde no Brasil em 2024
Ato em frente à Câmara Municipal do Rio de Janeiro, contra o feminicídio, em 2023 | Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Dados divulgados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, nesta quarta-feira, 11, revelaram um aumento da violência contra mulheres no Brasil em 2024. O Mapa da Segurança Pública de 2025 mostrou que os feminicídios atingiram o recorde histórico, com 1.459 casos, o que representa quatro mortes de mulheres por dia.

A taxa mais elevada de feminicídios ocorreu na Região Centro-Oeste, com 1,87 ocorrências para cada 100 mil mulheres. Esse número supera a média nacional, de 1,34. O relatório também mostra que as lesões corporais seguidas de morte cresceram em relação ao ano anterior, sem distinção de sexo das vítimas.

Queda em outros homicídios e crimes patrimoniais

No entanto, outros tipos de homicídios apresentaram queda. Os dolosos caíram 6%, passando de 37.754 vítimas, em 2023, para 35.365, em 2024. Já os latrocínios diminuíram, com 956 ocorrências, e as mortes em ações policiais recuaram 4%.

Os crimes contra o patrimônio também diminuíram. O roubo de carga teve queda de 13,6%, furto de veículo caiu 2,6%, roubo de veículo reduziu 6% e roubos a instituições financeiras tiveram recuo de 22,5%.

Violência, estupros e apreensões de drogas em alta

O levantamento mostra ainda um aumento nos casos de estupro, que chegaram a 83.114 ocorrências, maior marca dos últimos cinco anos. A maioria das vítimas é do sexo feminino, representando 86% das situações. São Paulo liderou em números absolutos, com 15.989 registros, enquanto Rondônia teve a maior taxa por 100 mil habitantes, seguido de Roraima e Amapá.

As apreensões de drogas também aumentaram em 2024. Foram registradas 1,4 milhão de toneladas de maconha, um crescimento de 10% em relação ao ano anterior. O número não inclui dados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, que não informaram ao sistema federal até o fechamento do relatório.

Também houve alta de 5,5% nas apreensões de cocaína, com mais de 137 mil quilos — o maior volume dos últimos cinco anos. Assim como nas apreensões de maconha, os dados de Minas Gerais e Rio de Janeiro não foram computados, o que números mostra ainda maiores.

No caso das armas de fogo, as apreensões recuaram 2,6%. O destaque ficou para o aumento de 43% nas apreensões de fuzis, que passaram de 1.365, em 2023, para 1.957, em 2024.

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