Os Estados Unidos podem entrar em guerra ao lado de Israel contra o Irã, informou nesta terça-feira, 17, o site Axios.
O Conselho de Segurança Nacional dos EUA começou sua reunião as 14h, no horário de Brasília.
Segundo a mídia norte-americana, o conselho está avaliando o ataque ao Irã, considerando juntar-se à guerra de Israel e lançar um ataque contra as instalações nucleares iranianas, em particular a de Fordow.
O sistema Aegis, da Marinha dos EUA, participou da interceptação dos últimos mísseis lançados pelo Irã contra Israel, relatou a TV israelense Canal 12.
Além das duas baterias Thaad (fornecidas pelos EUA), que estiveram totalmente envolvidas na interceptação dos mísseis juntamente com o sistema Arrow israelense, a Marinha norte-americana trouxe para a região um navio equipado com o sistema Aegis, que está ancorado na costa de Israel.
O sistema foi desenvolvido pela Lockheed Martin para a Marinha dos EUA e serve como um equipamento de defesa avançado contra ameaças aéreas e marítimas.
É um dos sistemas mais avançados do mundo e um componente importante do sistema de defesa estratégica dos Estados Unidos e seus aliados.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, escreveu nesta terça-feira em seu perfil na rede social Truth que o Irã deve se “render sem condições”.
“Sabemos exatamente onde o chamado “Líder Supremo” está escondido. Ele é um alvo fácil, mas está seguro lá. Não o eliminaremos (não o mataremos!), pelo menos não ainda. Mas não queremos mísseis disparados contra civis nem soldados norte-americanos. Nossa paciência está se esgotando. Obrigado por ouvirem!”, escreveu Trump no Truth em outra mensagem.
Trump também escreveu que “agora temos controle total e completo dos céus do Irã.”
“O Irã tinha sistemas de rastreamento por satélite muito bons e outros equipamentos defensivos, em grandes quantidades, mas eles não são comparáveis aos projetados, concebidos e produzidos nos Estados Unidos”, acrescentou. “Ninguém faz isso melhor do que os bons e velhos Estados Unidos.”
O vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, escreveu que o presidente Trump “poderia tomar medidas adicionais” contra o programa nuclear do Irã.
Os Estados Unidos estão progressivamente aumentando sua presença militar no Oriente Médio.
Uma medida que o Pentágono considera necessária para responder ao agravamento do conflito entre Israel e Irã e à escalada de ataques em andamento entre os dois inimigos históricos.
Objetivo: proteger o aliado e as tropas norte-americanas estacionadas na região.
É nesse contexto altamente imprevisível que Washington decidiu enviar para a região o porta-aviões USS Nimitz, que partiu do Mar da China Meridional nesta manhã, após cancelar a escala programada em Danang, no Vietnã.
De acordo com a Embaixada dos EUA em Hanói, uma ” necessidade operacional urgente ” forçou o cancelamento da escala do porta-aviões no Vietnã, programada para 20 de junho. O USS Nimitz conduziu recentemente operações de segurança marítima no Indo-Pacífico, um teatro onde o governo Trump está tentando concentrar sua atenção por medo de que a China possa tomar alguma ação imprudente contra Taiwan.
A implantação do USS Nimitz dobrará a presença de porta-aviões norte-americanos na região do Oriente Médio.
O USS Carl Vinson já está posicionado no Mar Arábico, enquanto uma terceira unidade, o USS George Washington, deixou o Japão e aguarda ordens de Washington.
A Marinha dos EUA também pode contar com o contratorpedeiro USS Thomas Hudner, que navega nas águas do Mediterrâneo Oriental: essa unidade, juntamente com outros sistemas de defesa aérea dos EUA, teria ajudado Tel-Aviv a interceptar mísseis balísticos lançados pelo Irã.
Além disso, enquanto a guerra entre Israel e Teerã distrai Washington de seu foco no Pacífico, mais de 30 aviões-tanque da Força Aérea dos EUA decolaram de bases norte-americanas rumo ao leste, em direção ao Atlântico.
O propósito exato da missão ainda não foi confirmado pelo Pentágono e não está claro se está conectado à Operação Rising Lion, das Forças de Defesa de Israel (FDI).
Autoridades norte-americanas disseram que as aeronaves em questão devem participar de um exercício da Otan programado na Europa.
O Departamento de Estado até instruiu seus diplomatas a tranquilizarem as autoridades nos países onde os aviões-tanque pousarão, informando que os Estados Unidos não estão fornecendo apoio aos jatos do Estado judeu.
Esta é uma medida que visa a reiterar que o apoio a Tel-Aviv se limita a medidas defensivas.