A Polícia Científica concluiu os exames que analisaram o DNA humano encontrado nas fezes da onça-pintada capturada no pesqueiro Touro Morto, em Mato Grosso do Sul, em abril deste ano.
O animal foi acusado de matar e se alimentar da carne do caseiro Jorge Ávalo, mas, até então, os restos mortais presentes em seu organismo não tinham sido confirmados como pertencentes ao pantaneiro.
No entanto, nesta sexta-feira (4), a Coordenadoria-Geral de Perícias de Mato Grosso do Sul confirmou ao Jornal Midiamax que as análises ficaram prontas e o resultado foi positivo para a compatibilidade entre o código genético de Jorginho e o DNA presente nos dejetos da onça.
“O resultado positivo está sendo encaminhado à autoridade policial responsável pelo caso”, complementou a CGP. Com a conclusão, fica descartada qualquer hipótese do caseiro não ter sido devorado por aquele animal, hoje chamado Irapuã e abrigado em cativeiro de um Instituto em São Paulo.
O ataque foi registrado na manhã do dia 21 de abril deste ano, enquanto Jorginho trabalhava no pesqueiro Touro Morto, onde também morava. Os restos mortais foram localizados 24 horas depois em posse de uma onça.
A Polícia Militar Ambiental então espalhou armadilhas pela área e conseguiu capturar um macho de aproximadamente 9 anos no pesqueiro. Imediatamente, a onça foi encaminhada para o Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), onde passou por diversos exames.
Na época, as fezes do felino continham DNA humano, mas só agora foi possível concluir que o código genético era o mesmo do caseiro. Apesar disso, o inquérito ainda não foi concluído e o caso segue em investigação.